domingo, 16 de junho de 2013

TUE Budd Mafersa (Atual 1400 da CPTM)

 
Olá, caros queridos usuários e leitores!
Venho aqui no blog mais uma vez para postar outros de meus desenhos, dessa vez vamos conhecer
um pouquinho de mais um Budd, os que se podem chamar de Budd Mafersa.
Esses que tiveram histórias na Zona Leste e um pouquinho no ABC Paulista, algumas unidades ajudavam nos acoplamentos do Budd série 1100 da CPTM.
Bem, vejamos os desenhos.

Esse é o Budd que veio dos Estados Unidos depois daquele da EFSJ (Estrada de Ferro Santos e Jundiaí) que hoje é o 1100 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), no Brasil a empresa de nome Mafersa se encarregou de terminar de construir suas unidades finais o que deu a todos chamarem de Budd Mafersa.

Sempre houve de circular com seis carros (duas composições com três) e ocupava o serial 401 estando na RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima).
Ele ocupava alguns lugares na zona leste de São Paulo, tanto em fase RFFSA quanto CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), com certeza sofreram apuros nesta região onde suas manutenções eram relaxadas.

Esse é o Budd Mafersa com faixas da CBTU, alguns ocupavam numeração similar a série 516, ele chegou a fazer parte das linhas que ligam Francisco Morato a Estação da Luz, da Estação da Luz até Paranapiacaba. Ele fazia viagens ocasionais para que tentasse equilibrar a demanda que crescia na cidade e na rede metropolitana.

Algumas unidades chegavam a se acidentar a ponto de serem sucateadas, outras são preservadas como podem ser. Logo eles estavam prontos para atenderem a zona leste da cidade de São Paulo, que tinha alta demanda e necessidade do transporte público.
Na zona leste, uma das cenas mais comuns era ver pessoas que estavam abrindo as portas do trem em movimento, subindo no alto do vagão, viajando na parte superior externa e na dianteira  do último e primeiro carro das composições correndo sério risco de vida de diversas formas:
Foram presenciados acidentes de pessoas torradas com fios de alta tensão nas catenárias;
Uma cabeça chegou a voar de cima de uma composição em vista de passageiros;
Composições esmagando pessoas nas vias;
Pessoas caindo de dentro das composições;
Pessoas que até ficavam penduradas nas 'rabeiras' das composições.
Sua segurança era ruim de várias formas, não havia uma sequer guarda em qualquer composição, o sistema mecânico segundo alguns maquinistas, eles tinham que adivinhar a velocidade do trem, especialmente quando o velocímetro parava de funcionar.
Ainda muitos passageiros eram obrigados a protagonizarem outros usuários usando drogas no primeiro carro destino a Estação de Calmon Viana, as pessoas de maior sossego não ocupavam mais lugares além do segundo carro sentido anti-horário.
Só depois no começo dos anos 90 ele passou por uma atualização, uma revisão capaz de instalar melhores sistemas motores, reforçar os freios e assim melhorar o desempenho para as conduções do passageiro e do maquinista. Tudo graças a guerreira CPTM.

Esse é o Budd Mafersa com as faixas da CPTM e com nova série 1400

Esse como os outros do mesmo serial passou por uma revisão atualizada da época, com um salão de passageiros melhorado, um pouco melhor para todos que usavam o transporte da antiga linha F da CPTM. Alguns deles chegaram a fazer extensão operacional na antiga linha A Marrom da CPTM apenas com três carros, auxiliando os de série 1700 da companhia.
Aos poucos a frota se perde e as pessoas pouco percebem, no início dos anos 90 quando a CPTM passou a assumir o comando de determinadas linhas de nossa rede metropolitana ela passou apuros com trens em situações precárias, os trens estavam decadentes, o que as pessoas diriam o que é "caindo aos pedaços".
Por fim a CPTM resolvera fazer uma revisão geral nas unidades que restavam na companhia, elas passaram a ganhar o padrão metropolitano da CPTM.

Esse é o Budd Mafersa com o padrão metropolitano da CPTM, foi feita também uma de suas penúltimas revisões, uma que melhorou ainda mais o salão de passageiros, funilaria, motores, sistema de freios e uma cabine ainda mais confortável para o maquinista.

Alguns desses Budd Mafersa chegaram a mudar sua face, tampando sua porta no meio e inserindo uma nova e pequena janela, sem que alterasse o salão, mas que aumentasse a cabine de condução.

Esse é o Budd Mafersa com uma face secundária ainda com o padrão metropolitano da CPTM, ele ganhou novas portas externas para os condutores devido a extensão da cabine.

Esse é o Budd Mafersa em sua cor atual, o novo padrão da CPTM.

Uma das últimas revisões gerais feitas nele em questão de melhorar mais foram feitas, mas com a chegada de novos trens a frota também se perde, ainda mais com possíveis faltas de peças e o canibalismo. Aos poucos ele ainda se perde, mas sua trajetória é inesquecível e ficará na memória de muitos que o conheceram.
Histórias boas, ruins, sofridas e vitoriosas.

Essa é mais uma postagem que dedico aos usuários que gostam da CPTM, aos admiradores e apreciadores dos trens da companhia e aos amantes ferroviários de todo o Brasil.
Logo mais vou postar mais desenhos de outros trens urbanos com mais um pouquinho da história deles.
Ainda mais detalhes sobre os trens Mafersa e Budd Mafersa vem chegando por aí!

 DADOS TÉCNICOS DO BUDD MAFERSA
Estrutura: Aço Inox
Fabricante: Budd/ Mafersa
Ano de Fabricação: 1976/ 1977
Origem: Brasil/ Estados Unidos
Ano de Operação: 1976
Portas: 8 por carro
Linhas operadas: 7 Rubi, 10 Turquesa e 12 Safira
Linhas Operando: 7 Rubi e 12 Safira
Composição: 3 carros e 6 carros

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